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Prédio de Curitiba/PR é o primeiro do mundo a ganhar certificação de autossuficiência em água

O Eurobusiness, localizado no bairro Ecoville, trata 100% da água de consumo e conquistou a certificação inédita LEED Zero Water pela solução.”

Estratégias sustentáveis para a eficiência no consumo e tratamento de água garantiram ao Edifício Eurobusiness, em Curitiba, a primeira certificação LEED Zero Water no mundo, que atesta empreendimentos autossuficientes na categoria água. Desta forma, o reconhecimento ao prédio comercial no bairro Ecoville valida os métodos empregados para o armazenamento de água da chuva, tratamento de esgoto e captação de água potável.

Na execução do projeto, o edifício seguiu os padrões exigidos para a construção de novos edifícios com mais de 5 mil m² em Curitiba. A normativa exige o tratamento de águas cinzas e caixa de contenção de cheias, que acabaram por beneficiar a execução da proposta inovadora. Com o custo previsto no orçamento, a implantação das soluções representam uma economia superior a R$ 80 mil por ano, coberta no primeiro ano de operação do edifício, segundo João Vitor Gallo,  diretor técnico da Petinelli, empresa responsável pela consultoria junto a certificação.

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“Estrutura de polipropileno para armazenagem das plantas aquáticas responsáveis por coletar nutrientes e liberar oxigênio na água em todo o telhado verde”

Para alcançar o resultado esperado, uma eficaz mediação de consumo de água do edifício foi fundamental junto ao Zero Water. “Isso foi possível com a presença de hidrômetros e um sistema de Building Management (BMS), que mede todo o comportamento do edifício. Assim, conseguimos ter o acesso ao histórico dos dados de mediação da água desde 2016, então ficou fácil atender aos requisitos da certificação”, conta Gallo.

Infraestrutura para o tratamento de água

Esta é a segunda vez que o empreendimento é destaque internacional de construção verde. Em 2016, o Eurobusiness também recebeu a certificação LEED Platinum, pelo resultado na economia de energia e recursos naturais com o uso de novas tecnologias. “Na época, o LEED Zero Water não existia. Fizemos isso porque era a coisa certa a fazer. Agora poder mensurar a performance da edificação quanto à produção e consumo de água a partir desse selo é emocionante” afirma Marcos Bodanese, desenvolvedor e investidor do Eurobusiness.

Além da infraestrutura para o tratamento de água, o prédio contou com o apoio da Sanepar, concessionária responsável pelo abastecimento de água no Paraná, para a captação própria de recursos hídricos que também deve beneficiar o surgimento de novos projetos autogerenciáveis.

Conheça os detalhes das soluções validadas na certificação LEED Zero Water:

Telhado verde

A gestão de águas residuais cinzas e negras dos 14 andares do Eurobusiness é toda concentrada no telhado em uma ‘wetland’. A zona de raízes faz parte do sistema de tratamento de água, e sem utilizar nenhum produto químico ao longo do processo direciona as águas residuais de volta a descarga do vaso sanitário ou direto a fonte, por infiltração no local.

Ainda na cobertura do edifício é realizado o armazenamento de água da chuva. Uma estrutura de piso elevado composta por cascalho fino, macrófitas e plantas aquáticas armazena a água em uma piscina com 11 centímetros de lâmina d’água instalada no local. Em contrapartida, equipamentos hidráulicos diminuem o consumo de água potável obtida por meio de um poço artesiano instalado no local.

Tratamento natural de efluentes 

efluentes

“A recuperação dos efluentes começa no subsolo do edifício em filtro natural que gera a água de reuso para os vasos sanitários ao fim de todo o processo. “

Em conjunto com o processo realizado no telhado verde, o Eurobusiness conta com um sistema próprio para o tratamento de esgoto. Com o uso de minhocas, fungos, bactérias e protozoários, 100% do fluídos são tratados e a água é utilizada exclusivamente nas descargas dos vasos sanitários, sem descarte de rejeitos na rede pública de saneamento.

O tratamento natural do esgoto é composto ao todo por sete etapas, que tem início com vermifiltro (filtro composto de bactérias e minhocas) no subsolo do edifício até chegar na cobertura verde, finalizando com a água de reuso para os vasos sanitários.

Próximas etapas junto a sustentabilidade

Com os resultados positivos conquistados, a meta do Eurobusiness é garantir a eficácia de entrega das soluções implantadas para o futuro. “Estamos há quatro anos atuando de forma independente em relação a manutenção. Com 75% das salas do edifício ocupadas, a ideia é realizar uma intervenção de melhoria para acelerar a degradação do esgoto reduzindo de 10 para 7 dias o tempo de tratamento, além de uma ampliação na torre verde”, revela Euclides Roberto Zagonel Ciruelos, engenheiro técnico responsável pelo projeto.

Com os resultados positivos conquistados, a meta do Eurobusiness é garantir a eficácia de entrega das soluções implantadas para o futuro. “Estamos há quatro anos atuando de forma independente em relação a manutenção. Com 75% das salas do edifício ocupadas, a ideia é realizar uma intervenção de melhoria para acelerar a degradação do esgoto reduzindo de 10 para 7 dias o tempo de tratamento, além de uma ampliação na torre verde”, revela Euclides Roberto Zagonel Ciruelos, engenheiro técnico responsável pelo projeto.

Já a tecnologia utilizada no empreendimento, segundo o diretor técnico da Pettinelli, também pode viabilizar a solução em edifícios residenciais uma vez que contam com um número elevado de águas cinzas pela lavagem de roupa e litros de água no banho. Tudo isso sem encarecer o projeto ou prejudicar a saúde dos usuários. Ainda segundo Ciruelos, o valor da certificação começa naquilo que agrega em um projeto. “As soluções precisam ser economicamente viáveis. A sustentabilidade tem que caber no bolso” finaliza.

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