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Oferecer benefícios tem sido uma forma de incentivar a reciclagem


           O mundo produz atualmente 1,3 bilhão de toneladas por ano, e esse número só vem aumentando. A maior parte dos lixões e aterros sanitários do mundo está lotada, e o lixo tem se tornado um dos maiores problemas dos centros urbanos. Além de não termos mais onde depositar nossos resíduos – o que pode trazer grandes riscos aos seres humanos e à saúde do planeta –, muitos dos recursos naturais utilizados na produção dos produtos que consumimos – e descartamos – diariamente são esgotáveis. Não é preciso pensar muito para saber que a solução para esses problemas é a reciclagem. Mas estamos conscientes disso? Temos feito a nossa parte?

Muitas empresas e entidades ao redor do mundo todo sabem que não. E, por isso, têm oferecido benefícios em troca do lixo a ser destinado para a reciclagem. Um exemplo é o metrô de Pequim, onde uma vending machine foi instalada para que os usuários troquem garrafas PET por bilhetes de metrô, numa ação duplamente sustentável: além de incentivar a reciclagem, promove o uso dos transportes públicos.


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          Outro case interessante está mais próximo de nós. A AES SUL, responsável pelo fornecimento de energia elétrica em municípios de todo Brasil, criou a ação “Recicle Mais, Pague Menos”, onde os clientes podem trocar materiais recicláveis por descontos na conta de luz. Canoas é a primeira cidade do Rio Grande do Sul a ter este benefício.


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       A Heineken também resolveu premiar as pessoas que recolhessem o seu lixo. Nos festivais Rock in Rio e Lollapalloza foram montados estandes onde o público podia trocar seus copos de cerveja por cupons para participar de brincadeiras que davam brindes.


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            Em Minas Gerais, o projeto Dengue Móvel parece saber que a educação ecológica começa pelos pequenos e resolveu unir o problema do lixo e da saúde pública – lixo acumulado e dengue têm tudo a ver – com a questão da educação: lixos como garrafas e latinhas são trocados por materiais escolares.

            Mas nem só de copos, garrafas e outras embalagens se formam as montanhas de lixo que acumulamos nos aterros. Mais da metade do lixo doméstico é composto por resíduos alimentares, sendo descartados cerca de um terço de tudo o que é comprado e dois terços de tudo o que é produzido – quantidade que seria suficiente para alimentar 19 milhões de pessoas.

          O desperdício alimentar é tão grande e visível que já existem, ao redor do mundo, pessoas que se alimentam apenas do que é descartado por grandes redes de supermercados. Para quem não é tão radical, existem outras alternativas. Em Nova York, foi criado o projeto Hello Compost, onde os resíduos orgânicos – que podem ser utilizados para compostagem – são trocados por alimentos frescos, produzidos localmente. Outro projeto que busca combater o desperdício de alimentos – ou se alimentar através dele! – é o Disco Soupe, que serve banquetes gratuitos feitos unicamente com comida encontrada no lixo.


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           No Brasil, embora o descarte – e a fome – sejam grandes, parece que a população ainda não está pronta para “devorar o lixo”. Bom, pelo menos não literalmente como fazem os americanos, alemães e franceses dos projetos acima. O mais próximo que encontramos disso é o Delícia de Reciclagem, pioneiro que desde 2002 oferece alimentos em troca de resíduos recicláveis. Outro case de sucesso nacional é o projeto Lixo que Vale, que também troca o lixo reciclável por alimentos – novamente produzidos na comunidade local.


Fonte: Blog Artecola Química (http://goo.gl/OCA3Pa)Imprima esta notícia

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