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Mais resistente que concreto, tijolo de cogumelos promete alternativa à construção civil.

Desenvolvido pelo micologista Philip Ross, tijolos são feitos a partir de cogumelos, que crescem no formato instigado pelo pesquisador. Ross garante que material é mais resistente que concreto


Foto: divulgação/Inhabitat


No rol de alternativas bizarras para a construção civil, uma novidade aparece com a promessa de ser mais resistente do que o concreto: tijolos de cogumelos. A invenção é do micologista Philip Ross, que desenvolveu o material de construção a partir de fungos que formam uma rede de fibras finas e semelhantes a raízes — estrutura chamada de micélio.

Ross percebeu que esta parte específica é ultrarresistente à água, ao mofo e ao fogo, quando cultivado de forma adequada. Depois de processado e seco, o fungo se torna um material extremamente leve e forte — até mais que o concreto, segundo o pesquisador.

Além de totalmente orgânico e biodegradável, outro benefício é que o ser vivo se adequa à forma que lhe é instigada, permitindo que ganhe múltiplos usos (que incluem até móveis).

Foto: divulgação

O material já provou sua eficácia em uma instalação feita na instituição de arte nova-iorquina MoMA PS1 em 2014. A torre temporária Hy-Fy, feita a partir dos tijolos orgânicos, foi inaugurada no local, projetada pelo arquiteto David Benjamin, do escritório The Living. Eles conceberam um tijolo derivado do original de Ross, que mistura os fungos a resíduos agrícolas. A instalação durou dois meses e depois disso o material seguiu para compostagem.


Torre de tijolos orgânicos Hy-Fi, inaugurada no MoMA PS1 em 2014. Foto: divulgação/Inhabitat

Em entrevista à Glasstire, o pesquisador afirmou que o micélio “tem o potencial de ser um substituto para muitos plásticos à base de petróleo. […] Com ele, é possível entrar na produção regional de biomateriais. Em São Francisco, por exemplo, poderíamos começar a produzir outros materiais derivados desse fungo e criar um projeto piloto com várias aplicações”.

A inovação de Ross foi patenteada pela empresa de biomateriais Ecovative, que dá prosseguimento às pesquisas e pretende viabilizar o material para novos modelos construtivos.

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