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848 itens encontrados para ""

  • Corte ilegal de madeira cresce 151% no Pará

    Após três anos em queda, a exploração ilegal de madeira no Pará – Estado onde ocorre a maior extração da Amazônia – voltou a subir no ano passado, crescendo 151% de agosto de 2011 a julho de 2012, na comparação com o período anterior. É o que mostra um levantamento do instituto de pesquisas Imazon que será divulgado nesta segunda-feira, 21. Apesar de não configurar como desmatamento, essa retirada selecionada de árvores é o primeiro passo do processo de degradação que pode levar ao corte raso, daí a preocupação com o seu crescimento. Os pesquisadores observaram que, do total de 157.239 hectares de florestas exploradas, a maioria (78%) não tinha autorização. O levantamento foi feito com base na comparação de informações das Autorizações para Exploração Florestal (Autefs) – documentos emitidos pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará que regularizam a extração de modo controlado – e de imagens de satélite. O cruzamento mostrou que somente 34.902 hectares tinham autorização de retirada. O aumento, segundo o estudo, ocorreu principalmente nas regiões do Rio Marajó e no baixo Amazonas, mas também em áreas de assentamento de reforma agrária e em unidades de conservação, como as Florestas Nacionais (Flona) de Itaituba II, Trairão e Jamaxin. “O aumento da exploração legal que a gente mapeou (8% em relação ao período anterior) não foi proporcional ao aumento do número de autorizações”, diz. Para ele, parte dessas Autefs pode ter sido usada para “esquentar” madeira de outras regiões. Por esse esquema, madeireiros ilegais se aproveitam da licença que foi concedida para uma determinada área para justificar a retirada em outra, onde não há liberação. Segundo Monteiro, isso às vezes acontece porque o local liberado não tem tanta madeira ou nem mesmo todas as espécies que estavam descritas no inventário da licença. Para checar a hipótese, a pesquisa investigou as próprias Autefs e viu que ao menos uma pequena parte (13%) apresentava inconsistências, como manejo autorizado em área degradada. “A fiscalização tem sido eficaz. Mas é um processo de gato e rato. Quando os fiscais vão embora, os madeireiros voltam. Outro problema é que a madeira segue com um documento, e só olhando não dá para saber se ele foi esquentado.” Chips. O governo do Pará disse em situações anteriores que está estudando a colocação de chips nas árvores das áreas que receberem autorização de manejo para que a informação possa ser checada. Sobre o estudo, a Secretaria de Meio Ambiente do Pará não se manifestou. Fonte: O Estado de São Paulo (http://goo.gl/vEZ8Lo)

  • ONU lança rascunho de objetivos de desenvolvimento sustentável

    Proposta foi desenhada por especialistas de diversas áreas e ficará aberta para consulta pública até o dia 22 Quase um ano após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começa a se desenrolar uma de suas principais promessas – o estabelecimento dos chamados Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem substituir os Objetivos do Milênio da ONU a partir de 2015. A Organização das Nações Unidas divulgou na terça-feira um rascunho com a sugestão de dez objetivos que o mundo poderia adotar. A proposta foi desenhada por um grupo internacional de especialistas de diversas áreas e ficará aberta para consulta pública até o dia 22 no site www.unsdsn.org/resources/draft-report-public-consultation. As sugestões poderão ser incorporadas em um texto que será analisado pela Assembleia Geral da ONU, em setembro deste ano. A definição dessas metas era esperada como resultado da conferência do Rio no ano passado. Mas, sem acordo entre os países, o documento final não chegou nem sequer a listar os temas que deveriam ser contemplados nos ODSs. Aflito com a vagarosidade do processo diplomático, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon lançou logo após a Rio+20 a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de reunir o conhecimento global científico e tecnológico em torno dos desafios do desenvolvimento sustentável. Como primeira missão, os especialistas teriam de propor uma base para as negociações diplomáticas que vão por fim estabelecer os ODSs. O documento parte das diretrizes do texto da Rio+20 e, assim como ele, traz objetivos bem genéricos. Ainda não aparecem, por exemplo, metas concretas com prazos de cumprimento. E os temas são os mais diversos: 1 – erradicar a pobreza extrema, inclusive a fome 2 – alcançar o desenvolvimento dentro dos limites planetários 3 – assegurar o aprendizado efetivo de todas crianças e jovens para a vida e a subsistência 4 – alcançar a igualdade de gêneros, a inclusão social e os direitos humanos 5 – alcançar a saúde e o bem-estar para todas as idades 6 – melhorar os sistemas agrícolas e aumentar a prosperidade rural 7 – tornar as cidades mais inclusivas, produtivas e resilientes 8 – refrear as mudanças climáticas e garantir energia limpa para todos 9 – proteger os serviços ecossistêmicos, a biodiversidade e a boa gestão dos recursos naturais 10 – ter uma governança voltada para o desenvolvimento sustentável. Coordenador do tema florestas da Rede, o brasileiro Virgílio Viana, superintendente da Fundação Amazonas Sustentável, afirma que esse tom mais genérico era de se esperar nessa etapa do processo. “Os países ainda precisam concordar com os temas. Com o amadurecimento desse processo, esperamos que sejam estabelecidas metas, prazos.” Ele ressalta como vantagem a maior ênfase em questões ambientais – ao contrário dos objetivos do milênio, que eram quase exclusivamente sociais. “A não-valorização dos serviços ambientais é uma falha do mercado”, afirma se referindo à proposta, contida no objetivo 9, de pagamento por serviços ambientais. “Só vamos mudar radicalmente os padrões de uso da terra e de consumo tendo estímulos econômicos para manter a floresta em pé”, afirma. A concordância sobre os temas, porém, pode ser uma das coisas mais difíceis de alcançar. Durante a Rio+20, um dos impasses foi justamente em torno dos ODSs e da chamada economia verde. “Alguns países mais militantes na causa do desevolvimento não querem ver suas metas diluídas pela causa ambiental”, comenta o ex-embaixador Rubens Ricupero, que esteve à frente das negociações brasileiras na Rio 92, e acompanhou de perto o desenrolar da Rio+20. “Não é todo mundo que vê com clareza que o desenvolvimento só pode ser sustentável”, diz. Ele acredita que para entrar em vigor em 2015, os ODSs têm de ser impulsionados já na próxima Assembleia Geral. Fonte: O Estado de São Paulo (http://goo.gl/GaCv1)

  • Controlador da CSN é réu em processo de crime ambiental

    Rio – O empresário Benjamim Steinbruch, controlador da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e o diretor executivo de produção, Enéas Garcia Diniz, voltaram a ser considerados réus em um processo penal contra a companhia por crime ambiental. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 20, pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). O processo se refere à poluição do ar e do rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda, no sul fluminense, onde fica a usina siderúrgica. A denúncia contra eles havia sido rejeitada pela 1ª Vara Federal da cidade. O Tribunal, entretanto, acatou o pedido dos procuradores para a inclusão dos executivos como réus do processo. Em nota, a procuradora regional Mônica Campos de Ré, que atuou no processo, considerou a decisão “excelente para evitar a impunidade de crimes que afetam com gravidade a saúde da população e o meio ambiente”. No argumento apresentado à corte, a procuradora afirmou que há jurisprudência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a ação penal contra pessoas físicas, além dos processos contra a empresa. Segundo Mônica, no entendimento do Ministério Público Steinbruch e Diniz podem ser responsabilizados por negligência no caso de dano ambiental, por terem deixado de determinar a realização de vistorias nos dutos da CSN na região onde aconteceu o dano ambiental. Segundo a Procuradoria Regional da República (PRR2), os executivos passam a responder pelo crime de responsabilidade na emissão de resíduos industriais na região, causando danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição de flora (Lei nº 9.605/1998, art. 54). A pena pode variar de seis meses a quatro anos de prisão e multa, segundo a Lei de Crimes Ambientais. Ainda de acordo com a Procuradoria, durante as investigações um funcionário da CSN afirmou que parte do duto onde houve vazamento de resíduos no rio estava aparente, e não submerso como alegou a defesa da companhia e seus executivos. Fonte: Exame (http://goo.gl/t0dF1P)

  • Hidrelétricas binacionais avançam para nova etapa

    O gigantesco complexo hidrelétrico formado pelos projetos Panambi e Garabi, que serão instalados no rio Uruguai, na fronteira do Noroeste gaúcho com as províncias argentinas de Misiones e Corrientes, dará, nos próximos dias, mais um passo para se tornar realidade. O diretor de geração da Eletrobras, Valter Cardeal, releva que é esperado, para antes do final deste mês, a posição do Ibama sobre o termo de referência da iniciativa. Os aproveitamentos hidrelétricos de Garabi e de Panambi totalizarão cerca de 2,2 mil MW de capacidade instalada (mais da metade da demanda média de energia do Estado) e devem absorver investimentos de aproximadamente US$ 5,2 bilhões. Os estudos estão sendo conduzidos pela Eletrobras, com a estatal argentina Ebisa. As empresas contrataram o Consórcio Energético do Rio Uruguai para operacionalizar os trabalhos. Uso consciente pode diminuir o consumo industrial Em média, as empresas do segmento industrial podem reduzir em aproximadamente 20% o consumo de energia com práticas de eficientização energética, calcula o chefe do Departamento de Projetos de Eficiência Energética da Eletrobras, Fernando Perrone. “Isso permitiria a essas companhias aumentarem a competitividade”, enfatiza. Uma das medidas frequentemente tomadas para diminuir o consumo pelas indústrias é a substituição de motores. Porém, Perrone salienta que, antes de adotar uma atitude como essa, é importante analisar a forma como os equipamentos estão sendo usados. É indicado fazer antes uma avaliação sistêmica dos processos industriais, até porque, muitas vezes, os motores já adquiridos pela empresa ainda não foram amortizados. Mas, em algumas ocasiões, quando o motor queimar, ao invés de recuperá-lo, geralmente, compensa substituí-lo por um mais eficiente. O coordenador do grupo temático de energia da Fiergs, Carlos Faria, informa que a representatividade da energia nos custos de cada empresa varia muito, dependendo, principalmente, do segmento em que atua, podendo ir de patamares de 4% a 25%. Entre as áreas que mais consomem energia estão as de siderurgia, transformação, entre outras. Em 2012, o setor industrial foi responsável por 41% do consumo de energia no Brasil. Fonte: Jornal do Comércio (http://goo.gl/urHpIo)

  • Petrobras pode economizar R$ 12 mi em sistema que usa água de chuva

    Uma fonte quase inesgotável de água pura, a chuva raramente é aproveitada. Um projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) promete ser uma alternativa inteligente a esse desperdício. No prédio, inaugurado recentemente, o telhado e o piso foram construídos a fim de aproveitar a quase totalidade da água de chuva. A estrutura permite chegar uma produção de 600 milhões de litros por ano e uma economia anual de R$ 12 milhões, quando atingir o pleno aproveitamento para o qual foi projetada. Atualmente, o sistema está operando com 37% de sua capacidade e vai aumentar progressivamente, segundo o número de pessoas no centro. A coordenadora da área de Recursos Hídricos e Resíduos da Gerência de Operações do Cenpes, Taisis Passos, disse que um dos principais benefícios, além da economia de gastos, é a garantia estratégica de que não haverá falta de água no prédio, caso haja interrupção no sistema de abastecimento público. “Na construção do prédio novo, isso já fez parte do projeto de ecoeficiência. Uma das premissas era maximizar o uso da água, da energia elétrica e da iluminação. A água entrou em caráter estratégico, porque nós tínhamos pouca autonomia. Se a rede entrasse em colapso, nossa reserva era muito pequena, pois a autonomia era de apenas um dia. Hoje temos autonomia para quatro dias”, contou Taisis. A água da chuva captada no telhado é utilizada nas pias e mictórios. A que cai no chão é utilizada na irrigação de 32 mil metros quadrados de área verde em volta do Cenpes. A água da chuva é armazenada em cisternas que totalizam 851 mil litros. Taisis só vê vantagens no reuso da água. “Os telhados e os pisos são todos direcionados para grandes reservatórios de água de chuva. Isso poupa o nosso uso de água da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), produto muito nobre e que passa por um tratamento caro. O reuso ajuda a preservar o meio ambiente”, explicou. O projeto de reuso de água no Cenpes começou em julho de 2012. Também são reutilizadas as águas de esgoto sanitário, dos efluentes dos laboratórios e do sistema das torres de resfriamento. Os efluentes passam por um sistema de filtragem que envolve um complexo processo físico-químico. Esse reservatório tem 2 milhões de litros. ‘A Petrobras vem estudando há muitos anos as melhores tecnologias para serem aplicadas em tratamentos para gerar água de reuso’. A reutilização da água em outras instalações representou volume de 23 bilhões de litros em 2012, o suficiente para suprir 11% das atividades da Petrobras. O volume é 7% superior ao alcançado em 2011. A projeção para 2015, com a conclusão de novos projetos de reuso em refinarias, é de uma economia superior a 35 bilhões de litros de água por ano. Fonte

  • Sustentabilidade poderá ser critério de desempate em licitação

    Poderá ter preferência em licitação pública produto fabricado de acordo com padrões de sustentabilidade ambiental que leve em consideração avaliação de seu ciclo de vida, desde a obtenção de matérias-primas e insumos, passando pelo processo produtivo, consumo e descarte final. É o que prevê substitutivo do senador Anibal Diniz (PT-AC) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 252/2013, de Cícero Lucena (PSDB-PB), aprovado nesta terça-feira (1º) pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). O texto modifica a Lei de Licitações e Contratos (Lei 8.666/1993), que já prevê preferência, como critérios de desempate, para bens e serviços produzidos no país e produzidos ou prestados por empresas brasileiras, bem como por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no país. No texto inicial, Cícero Lucena também propunha alterar a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) para incluir o conceito de avaliação do ciclo de vida do produto e para determinar que esta avaliação norteasse o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental, prevendo ainda regras para rotulagem de produtos danosos ao meio ambiente. Anibal Diniz rejeitou a sugestão por entender que trata de medida já prevista na Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O relator também não acatou alteração na Lei do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (Lei 12.462/2011), proposta pelo autor. Esta lei confere prioridade para produtos, equipamentos e serviços com menor consumo de energia e de recursos naturais, mas Cícero Lucena queria estabelecer que a prioridade ocorresse conforme avaliação do ciclo de vida do produto. Para Anibal Diniz, a medida tornaria mais complexo e demorado o processo de licitação. No exame da matéria na CMA, Cícero Lucena discordou do relator e defendeu a manutenção do texto original. – O que estou querendo é estimular, através dos processos de licitação, quem possa contribuir para o meio ambiente – disse Lucena, ao citar como exemplo a redução do consumo de energia nas obras que vierem a ser licitadas. O projeto segue para votação terminativa da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), quando os aspectos rejeitados no relatório aprovado na CMA poderão ser novamente analisados. Fonte: Agência Senado (http://goo.gl/R61mKE)

  • Área de Preservação Permanente A Grings S A

    A A Grings S. A. (detentora da marca Piccadilly), empresa calçadista que atua a mais de 55 anos no mercado, possui em uma das suas unidades fabris, localizada no município de Santo Antônia da Patrulha/RS, área de preservação permanente, onde mantém preservados diversos exemplares nativos do Bioma Mata Atlântica. Conheça, por meio de imagens, um pouco mais desta área que se mantém em harmonia com a unidade fabril e seus colaboradores:

  • Apesar de divisão, Cúpula de Clima avança rumo a acordo para 2015

    As últimas negociações na Cúpula do Clima das Nações Unidas em Varsóvia (COP19), nesta sexta-feira, aplainaram o caminho rumo a um acordo global em 2015, embora os países em vias de desenvolvimento continuem pedindo aos mais desenvolvidos que concretizem seus compromissos de financiamento. A cúpula, que deveria terminar hoje, deve ser prolongada até amanhã, sábado, caso as partes não consigam chegar a acordos mínimos que permitam estabelecer os fundamentos de um compromisso para 2015, ponto essencial para avançar na luta contra a mudança climática. Após a última rodada de negociações mantida pelos ministros, que varou a madrugada, chegou-se a minuta sobre os acordos da Plataforma de Durban. A Agência Efe teve acesso ao documento, que pela primeira vez inclui a palavra “compromisso” e estabelece uma proposta de calendário de trabalho. Fontes diplomáticas consultadas pela Efe avaliaram este documento, que também pede que os esforços sejam redobrados para que na próxima conferência de Lima de 2014 (COP20) se possam discutir de maneira detalhada esses compromissos para finalmente fechar o acordo em Paris, em 2015. Antes da elaboração desse texto várias das delegações criticaram a falta de avanços e acusaram a presidência polonesa de demorar nas negociações sobre a Plataforma de Durban ao não incluir compromissos nem calendários concretos. A Plataforma de Durban é o nome do conjunto de acordos alcançados na cúpula realizada na cidade sul-africana em 2011, e inclui um segundo período do Protocolo de Kyoto, o mecanismo que deve reger o Fundo Verde para o Clima e um roteiro para um novo acordo global. Uma das questões-chave na cúpula de Varsóvia, o financiamento de medidas contra a mudança climática e de adaptação e redução de danos provocados pelas anomalias climáticas, segue dividindo os países mais desenvolvidos dos em vias de desenvolvimento. “Até agora só há declarações que não desembocam em compromissos concretos”, explicou a ministra do Meio Ambiente do Equador, Lorena Tapia, em entrevista à Efe. O otimismo dos países em vias de desenvolvimento diante dos avanços alcançados até o momento é menor e ainda não se vê passos decisivos do bloco de países mais ricos. “As negociações estão travadas”, disse a ministra equatoriana, que acredita que essa lentidão pode ser uma estratégia dos países desenvolvidos para levar os negociadores ao cansaço até que finalmente aceitem qualquer compromisso. Após ressaltar a importância de pactuar metas em “adaptação, mitigação e transferência de tecnologias”, Tapia insistiu que “nada é possível se não se concretizar o financiamento”. A nova minuta, a quarta versão que os ministros presentes na COP19 têm na mesa, pede “acelerar” a plena aplicação das decisões do chamado Plano de Ação de Bali (2007), que prevê a continuidade do Protocolo de Kyoto, em particular em relação com a provisão de meios para sua implentação nos países em desenvolvimento. Fonte: Terra Sustentabilidade (http://goo.gl/Z1IhbM)

  • Setor têxtil e químico brasileiros se unem para criar norma sobre toxicidade em artigos têxteis

    A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), com a parceria da Anvisa, se reuniram no âmbito da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e começaram a elaborar norma sobre o uso de produtos químicos tóxicos em artigos têxteis. A primeira reunião foi realizada dia 08 de abril e um cronograma já está em andamento. “Muitos países já têm regras e leis em relação à toxicidade em produtos têxteis. As importações na União Européia, por exemplo, são muito controladas e certificados são exigidos dos exportadores. O Brasil ainda não possui nenhuma Norma que regulamente o uso de produtos químicos potencialmente danosos para texteis e vestuário. Como toda Norma regulamentadora, o principal beneficiado será o consumidor brasileiro”, explicou Rafael Cervone, presidente da Abit. A normativa deve ficar pronta em nove meses e a adesão será voluntária. Neste sentido, o apoio dos varejistas será fundamental para que a medida tenha efeito. “ É importante que o varejista têxtil exija a certificação, garantindo que o produto oferecido atenda a padrões seguros. A medida em que o consumidor tiver mais informações sobre o assunto, ele passará a exigir esse tipo de segurança e confiabilidade no momento de realizar suas compras”, disse Cervone. Ainda segundo o presidente da Abit, com a normativa, aproximadamente 100 produtos químicos serão analisados. “Focaremos nos 15 produtos químicos tóxicos mais usados e que podem gerar alguma mutação genética”, finalizou Rafael. A expectativa da Abit é que em breve a Norma seja transformada em lei, como acontece em outros países desenvolvidos. Fonte: Jornal Dia Dia (http://goo.gl/Vg2OBW)

  • Secretaria Estadual de Saúde amplia critérios de análise de potabilidade das águas

    Com a publicação da Portaria SES Nº 320, em 24 de abril de 2014, as análises de potabilidade para o controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano no Rio Grande do Sul devem, além dos parâmetros já previstos na Portaria Nº 2914/2011 do Ministério da Saúde, atender às seguintes: Os parâmetros adicionais decorrem da preocupação da Secretaria Estadual de Saúde com a ampla utilização de agrotóxicos no Estado, e a possível contaminação das águas superficiais e subterrâneas com essas substâncias químicas.

  • Brasil lança certificação sustentável para calçados

    Abicalçados e Assintecal lançam o programa Origem Sustentável, que avalia o grau de comprometimento das empresas do setor calçadista com a sustentabilidade. 12 marcas brasileiras já receberam o selo da iniciativa A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal) lançaram nesta quarta-feira (16), em São Paulo, durante o evento de moda InspiraMais, a primeiracertificação sustentável do Brasil para calçados. Batizada de Origem Sustentável, a iniciativa – que conta com a parceria da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) – pretende avaliar o grau de comprometimento das empresas do setor coureiro calçadista com a sustentabilidade, com base em 52 diferentes critérios, agrupados em quatro pilares: cultural, ambiental, social e econômico. “Analisamos a atuação da empresa desde o momento da compra da matéria-prima até a hora da entrega do produto final, levando em conta quesitos como gasto de energia, nível de poluição, consumo de água, descarte de resíduos, legislação trabalhista, não utilização de substâncias tóxicas e relação com funcionários e comunidade do entorno”, explica Valdemar Masselli Jr., vice-presidente de Inovação e Sustentabilidade da Assintecal. O programa de certificação, que é auditado pela System & Service Certification (SGS) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), possui cinco diferentes selos: – branco, concedido às empresas que demonstram interesse em participar do programa; – bronze, dado às companhias que relatam suas iniciativas ao programa, demonstrando transparência; – prata, para marcas que acompanham a média do mercado nacional, quando o assunto é o comprometimento com a sustentabilidade; – ouro, para as empresas que superam a média brasileira e – diamante, concedido às companhias que acompanham ou superam a média do mercado internacional. Por enquanto 12 empresas brasileiras possuem a certificação Origem Sustentável: três delas são fabricantes de calçados – Piccadilly, Calçados Bibi e Dian Patris -, enquanto as outras produzem componentes para o setor – Killing, FCC, Prisma, Endutex, Dublauto Gaúcha, Jotaclass, JR Dublagens, Cipatex e MK Química. Todas elas receberam o selo bronze, “mas a maioria está pleiteando o prata”, conta Masselli. Qualquer marca do setor coureiro calçadista interessada em se submeter ao programa de certificação pode procurar a Abicalçados ou a Assintecal. A única exigência para participar da iniciativa é ser associado a uma das duas instituições. “Queremos incentivar nas empresas o compromisso de gerenciar e melhorar seus resultados. O conceito de calçado sustentável, com certeza, ampliará as oportunidades no mercado internacional e dará maior competitividade às marcas. A Europa, por exemplo, não aceita mais o ingresso de determinados produtos em seu território”, explica Marcelo Nicolau, presidente da Assintecal. Por enquanto, para se manter atualizado a respeito de quais empresas estão participando da iniciativa, consumidores e stakeholders devem procurar as associações envolvidas no programa. “Mas, no futuro, queremos desenvolver uma identidade visual que informe, na hora da compra, a participação da marca no Origem Sustentável e seu grau de comprometimento com a sustentabilidade“, diz Masselli. Fonte: Editora Abril – Planeta Sustentável (http://goo.gl/3uh4Y)

  • Menos sujeira, mais dinheiro para as empresas

    Elas já foram sinônimo de poluição, mas não mais. Saiba como as fábricas de algumas empresas que aderiram à onda do “aterro zero” estão se reinventando para que essa imagem fique no passado São Paulo – A americana P&G, uma das maiores empresas globais de bens de consumo, anunciou recentemente com alarde que 48 fábricas, de um total de 158 que tem por todo o mundo, realizaram a façanha de não enviar mais para aterros sanitários sequer 1 grama de lixo. Entre elas a fábrica da companhia em Manaus, que desde 2012 converte o lodo de sua estação de tratamento de efluentes em combustível para fornos de cimenteiras e reutiliza rebarbas das hastes das lâminas da Gillette, antes descartadas, na produção de novos aparelhos de barbear. O anúncio da P&G é fruto de um movimento que começou lá fora há menos de uma década e vem ganhando força no Brasil: a onda zero waste, por aqui chamada de “aterro zero” ou “resíduo zero”. A primeira fábrica da P&G a abandonar os aterros foi a de Budapeste, na Hungria, em 2007. Outras companhias, como a empresa química DuPont e a montadora GM, entraram na onda logo depois. Todas elas motivadas por uma razão pragmática: nos países ricos, o custo da disposição dos resíduos em aterros está cada vez mais alto. Na Europa, desde 2004 a legislação ambiental impõe uma série de impostos sobre a prática. Lá, o preço médio que uma empresa paga hoje para aterrar 1 tonelada de lixo é 140 euros. Aqui, mandar o lixo para os aterros é bem mais barato: o valor oscila de 60 a 120 reais por tonelada devido à concorrência desleal com formas inadequadas de disposição, como lixões clandestinos. Há, porém, uma tendência inexorável de que esse custo suba e, por isso, as empresas estão se mexendo. Além disso, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010, prevê que as companhias façam uma gestão mais criteriosa de seus resíduos. Outro fator é que a maioria não quer ter suas fábricas associadas a imagens de poluição e sujeira. Na corrida rumo ao “aterro zero”, as empresas no Brasil estão em estágios diferentes de evolução. A fábrica da P&G em Manaus é a única da companhia no país que já se livrou dos aterros, mas suas outras quatro unidades localizadas aqui devem se juntar ao grupo em breve — todas têm um índice de aproveitamento de resíduos igual ou superior a 80%. O desempenho da Ambev, que tem 36 fábricas, é ainda mais surpreendente. Sua unidade de Manaus já rea­proveita 100% dos resíduos, e todas as demais estão prestes a chegar lá. O que move a companhia de bebidas não é só o desejo de não mandar nada para aterros. Os gerentes das fábricas perseguem metas agressivas de geração de receita a partir de tudo o que sobra da produção de cervejas e refrigerantes. Rico em proteínas, o bagaço de malte, um subproduto do mosto — mistura de água, malte e lúpulo que forma a base da cerveja —, é vendido a fabricantes de ração animal. Com essa e outras práticas de reaproveitamento, 96 milhões de reais foram adicionados ao caixa da empresa em 2012. “Somos pressionados para que essa receita cresça a cada ano”, diz Beatriz Oliveira, gerente de meio ambiente da Ambev. Na montadora Fiat, não há pressão da direção para que os resíduos se convertam em dinheiro, mas uma diretriz para que sejam feitos esforços a fim de não enviá-los a aterros. A fábrica de veículos na cidade mineira de Betim é “aterro zero” desde 2011, e a que produz motores, em Campo Largo, no Paraná, reaproveita 99,5% dos resíduos. Para isso, a empresa montou nas duas unidades o que batizou de “ilha ecológica”: um galpão no qual dezenas de materiais são separados e então encaminhados a empresas recicladoras. Há até mesmo uma máquina que reduz em 50 vezes o volume do isopor para que ele seja vendido a fabricantes de solas de sapatos. Já na segunda fábrica de veí­culos da Fiat, que será inaugurada no final de 2014, na cidade de Goiana, em Pernambuco, os engenheiros terão de lidar com a falta de recicladores confiá­veis. O Nordeste, junto com o Norte, é a região com a menor oferta de empresas de reaproveitamento de resíduos do país. “Há muita gente que cobra para receber o material das empresas, mas deposita-o em terrenos baldios”, diz Carlos Silva Filho, diretor da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Para empresas de mineração e siderurgia, o entrave é outro: a falta de tecnologias para o reúso de resíduos complexos. Desde 2011, a Votorantim Metais produz com as sobras da exploração da jazida de zinco de sua unidade de Paracatu, em Minas Gerais, o pó calcário agrícola, usado para corrigir a acidez do solo. Mas ele é apenas um dos resíduos gerados pela empresa. Para os outros dez que ela produz — cerca de 6 milhões de toneladas por ano —, a solução ainda não existe ou é economicamente inviável. A lama terciária, resíduo da unidade de zinco localizada na cidade mineira de Três Marias, poderia ser usada na produção de cimento, mas para isso a empresa precisaria construir uma fábrica de 200 milhões de reais. “Estamos pesquisando maneiras de reduzir esse valor”, diz Ricardo Barbosa Santos, gerente de sustentabilidade da Votorantim Metais. A empresa anunciou a meta de se livrar dos aterros até 2020. Para isso, nos últimos cinco anos foram investidos 25 milhões de reais em pesquisas. É um gasto que compensa: a venda de sobras já rende quase o triplo, 70 milhões de reais por ano. “Ninguém mais duvida de que transformar os resíduos em novos produtos é uma oportunidade de negócio”, afirma Santos. Ou seja, é uma espécie de toque de Midas no lixo. Fonte: Exame Sustentabilidade (http://goo.gl/AzWCPE)

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